O Toque
Eram 2 horas da tarde e eu não cabia mais em mim.
O corpo transbordava fogo e a alma, pelando de desejo, sucumbia a espasmos involuntários.
O horário era impróprio para amar a si mesma, pois a casa estava cheia e a mente turbulenta. A pele tesa a ponto de qualquer toque involuntário do outro criasse explosões orgásmicas.
Cruzei as pernas.
Tentei guardar pra mim.
Cada imagem e possível encaixe já era o suficiente para desaguar.
Eram 2 horas da tarde e fui me fazer chuva. Inventei uma história, disse que era calor, e me tranquei no banheiro. A roupa caiu como se não houvesse vestido, a mão deslizou sem vergonha e os dedos logo foram tocar uma canção. Mãos nos seios, dedilhado de música latina...
Dedilha,
ginga,
encaixa,
desliza...
Um gemido alto,
sem controle...
As pernas amolecem
O Chuveiro forte acalma. Batem na porta perguntando se aconteceu algo. Falo que tropecei. Respiro fundo. Ponho a cabeça debaixo do chuveiro de novo.
O fogo ainda esta lá.
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