ComSome...

A abstinência de Você me consome.
você sem nome
sem endereço
eu, travesso à tudo
me atravesso..

A abstinência de Você me consome.
você se infiltra
some, me come
com os olhos, me molha
de vontade,
rolhas e rolhas de garrafas de vinhos, no chão..

A abstinência de Você me consome.
sinto sua ausência como o vazio
o frio que todos reclamam não faz cócegas nos dias solitários
pensar em relações e não em relacionamentos...
momentos...
que momentos?
os ventos me levam pra onde querem...
e eu quase nunca vou pra onde desejo...

A abstinência de Você me consome.
sem nome
some
come
fome
homem
insone..
vácuo...

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